Filho do ex-presidente liderou articulações nos EUA em busca de sanções contra autoridades brasileiras. (Foto: Reprodução/YouTube)
Lula e Trump falaram por telefone na manhã de segunda-feira (6). O presidente americano disse que foi uma “grande conversa” e que pode visitar o Brasil ou receber o brasileiro nos EUA. “Tivemos uma grande conversa e vamos começar a fazer negócios (com o Brasil)”, afirmou a jornalistas na Casa Branca.
Para ministros do STF, Lula acertou ao apostar em negociações diplomáticas para tentar reverter as punições. Também destacaram que o petista tem sido vocal na defesa da independência do Judiciário.
De acordo com eles, a conversa mostra que Eduardo estaria mais isolado do que aparenta e que, sozinho, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro não é influente o suficiente para minar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos.
O telefonema entre Trump e Lula durou cerca de 30 minutos. Em publicação em sua rede social, a Truth Social, o presidente dos EUA classificou a conversa como “muito boa”. Segundo ele, ambos discutiram “muitas coisas”, mas o foco principal foi a economia. “Nossos países irão se sair muito bem juntos”, afirmou.
Eduardo minimizou a conversa. O parlamentar classificou como um “golaço” a escolha do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para conduzir as negociações sobre o tarifaço imposto ao Brasil. Segundo ele, Rubio “conhece bem a América Latina” e sabe como “funcionam os regimes totalitários da esquerda na região”.
Ao anunciar o tarifaço e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, o governo Trump justificou as medidas afirmando que Bolsonaro era alvo de uma perseguição judicial. Desde então, uma ala majoritária no STF passou a se unir em torno do discurso de autonomia do Judiciário contra ingerências externas.
“Quando um país se imiscui na ordem jurídica alheia, querendo interferir no funcionamento do Judiciário deste país ou querendo provocar consequências econômicas que derivam de uma concepção hegemônica da preponderância que uma economia forte deseja realizar sobre uma economia um pouco mais débil, isso é induvidosamente um atentado à soberania”, afirmou.
“Nenhum país, com qualquer argumento que seja, está legitimado a ferir a autodeterminação de outro país. E essa autodeterminação pode ser na área econômica, pode ser na sua dimensão política e pode ser uma expressão de sua institucionalidade”, prosseguiu. (Com informações do Valor Econômico)
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“Nenhum país, com qualquer argumento que seja, está legitimado a ferir a autodeterminação de outro país. E essa autodeterminação pode ser na área econômica, pode ser na sua dimensão política e pode ser uma expressão de sua institucionalidade”, prosseguiu. (Com informações do Valor Econômico)
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2025-10-07
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