Tendência é que o presidente volte a se debruçar sobre a escolha nesta semana. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Depois de um mês da aposentadoria de Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), o atual processo de escolha do sucessor dele já o quarto mais demorado dos três mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República. A espera reforça a tendência do petista na atual gestão, na qual os dois ministros escolhidos até aqui foram os que ele mais demorou antes de indicar: Flávio Dino, em 58 dias, e Cristiano Zanin, em 51.
Depois deles, a única ainda à frente da atual espera foi Carmen Lúcia, definida por Lula após 42 dias em 2006. Os outros sete ministros que o presidente colocou na Corte precisaram de menos de 20 dias até a indicação.
Apesar de a votação apertada no Senado para a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ter despertado um alerta em integrantes do governo, auxiliares de Lula dizem que o advogado-geral da União, Jorge Messias, segue como favorito para a vaga no STF.
O presidente deve voltar a tratar do assunto nesta semana, antes de embarcar para a África do Sul, onde participará nos dias 22 e 23 da reunião de cúpula do Brics.
Antes de anunciar a indicação, Lula quer se encontrar com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas. Os dois também são cotados para o posto.
Depois de indicado pelo presidente, o candidato a ministro do Supremo ainda precisa ser sabatinado pelo Senado. É o momento em que senadores provocam o postulante com perguntas relacionadas ao exercício do cargo ou à opinião dele sobre temas sensíveis.
As únicas três vezes em que a Casa barrou nomes foram em 1894, na Primeira República, durante o governo de Floriano Peixoto.
Favoritismo
Apesar da votação apertada no Senado para a recondução de Gonet à PGR, ter despertado um alerta em integrantes do governo, auxiliares de Lula dizem que o advogado-geral da União, Jorge Messias, segue como favorito para ser indicado para a vaga de no Supremo.
Antes de anunciar a indicação, Lula quer se encontrar com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas. Os dois também são cotados para o posto.
Paulo Gonet foi reconduzido para um novo mandato na PGR na semana passada por 45 votos a 26, placar mais apertado desde a redemocratização.
Para auxiliares do presidente, o placar foi uma resposta direta à conduta do procurador-geral na denúncia do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo da trama golpista. Também afirmam que Gonet não fez campanha e deixou a articulação para a sua aprovação apenas nas mãos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Por isso, Messias teria, segundo avaliação desses quadros governistas, um caminho diferente para conseguir o aval dos senadores. O advogado-geral da União, após ser indicado por Lula, deve começar o romário pelos gabinetes da Casa, inclusive para conversar com parlamentares da oposição. O fato de Messias ser evangélico é considerado no Planalto um trunfo para romper resistência entre senadores conservadores. (Com informações do jornal O Globo)
https://www.osul.com.br/demora-de-lula-para-nomear-ministro-do-supremo-ja-e-a-quarta-maior-de-tres-mandatos/ Demora de Lula para nomear ministro do Supremo já é a quarta maior de três mandatos 2025-11-17
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O próprio Bolsonaro tem orientado aliados a não se anteciparem e darem tempo para que o relator possa apresentar o seu projeto. (Foto: Carlos Moura/Agência Senado) A oposição prepara uma sugestão de redução de penas que deve ser apresentada ao relator do projeto de anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), na próxima semana. Na prática, …
Lula participou da Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a União Europeia, na Colômbia. Foto: Ricardo Stuckert/PR Lula participou da Cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a União Europeia, na Colômbia. (Foto: Ricardo Stuckert/PR) “Na próxima Cúpula do Mercosul, em dezembro, espero que os dois blocos possam …
Com cenário improvável de aprovação da anistia ou redução da pena, cumprimento da pena em casa seria medida possível para aliviar situação do ex-presidente. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil) Diante da chance minguada de aprovação da anistia aos condenados por tentativa de golpe ou da redução da pena imposta a Jair Bolsonaro, aliados do ex-presidente apostam …
Demora de Lula para nomear ministro do Supremo já é a quarta maior de três mandatos
Tendência é que o presidente volte a se debruçar sobre a escolha nesta semana. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Depois de um mês da aposentadoria de Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), o atual processo de escolha do sucessor dele já o quarto mais demorado dos três mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República. A espera reforça a tendência do petista na atual gestão, na qual os dois ministros escolhidos até aqui foram os que ele mais demorou antes de indicar: Flávio Dino, em 58 dias, e Cristiano Zanin, em 51.
Depois deles, a única ainda à frente da atual espera foi Carmen Lúcia, definida por Lula após 42 dias em 2006. Os outros sete ministros que o presidente colocou na Corte precisaram de menos de 20 dias até a indicação.
Apesar de a votação apertada no Senado para a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ter despertado um alerta em integrantes do governo, auxiliares de Lula dizem que o advogado-geral da União, Jorge Messias, segue como favorito para a vaga no STF.
O presidente deve voltar a tratar do assunto nesta semana, antes de embarcar para a África do Sul, onde participará nos dias 22 e 23 da reunião de cúpula do Brics.
Antes de anunciar a indicação, Lula quer se encontrar com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas. Os dois também são cotados para o posto.
Depois de indicado pelo presidente, o candidato a ministro do Supremo ainda precisa ser sabatinado pelo Senado. É o momento em que senadores provocam o postulante com perguntas relacionadas ao exercício do cargo ou à opinião dele sobre temas sensíveis.
As únicas três vezes em que a Casa barrou nomes foram em 1894, na Primeira República, durante o governo de Floriano Peixoto.
Favoritismo
Apesar da votação apertada no Senado para a recondução de Gonet à PGR, ter despertado um alerta em integrantes do governo, auxiliares de Lula dizem que o advogado-geral da União, Jorge Messias, segue como favorito para ser indicado para a vaga de no Supremo.
Antes de anunciar a indicação, Lula quer se encontrar com o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas. Os dois também são cotados para o posto.
Paulo Gonet foi reconduzido para um novo mandato na PGR na semana passada por 45 votos a 26, placar mais apertado desde a redemocratização.
Para auxiliares do presidente, o placar foi uma resposta direta à conduta do procurador-geral na denúncia do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo da trama golpista. Também afirmam que Gonet não fez campanha e deixou a articulação para a sua aprovação apenas nas mãos do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Por isso, Messias teria, segundo avaliação desses quadros governistas, um caminho diferente para conseguir o aval dos senadores. O advogado-geral da União, após ser indicado por Lula, deve começar o romário pelos gabinetes da Casa, inclusive para conversar com parlamentares da oposição. O fato de Messias ser evangélico é considerado no Planalto um trunfo para romper resistência entre senadores conservadores. (Com informações do jornal O Globo)
https://www.osul.com.br/demora-de-lula-para-nomear-ministro-do-supremo-ja-e-a-quarta-maior-de-tres-mandatos/
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2025-11-17
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