Lula chega ao penúltimo mês de 2025 não tendo conseguido nenhuma vez ter uma aprovação maior do que uma desaprovação. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
A pesquisa Genial/Quaest de novembro é um corte, não agudo, mas um corte, na recuperação de popularidade que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vinha mostrando desde junho.
A diferença entre os que aprovam e os que desaprovam “o trabalho que Lula está fazendo” era de um ponto percentual em outubro e passou para três em novembro. Agora, 50% o desaprovam contra 47% que o aprovam. Isso significa, vale enfatizar, que Lula chega ao penúltimo mês de 2025 não tendo conseguido nenhuma vez, em nenhum mês, ter uma aprovação maior do que uma desaprovação.
É inegável o efeito da operação contra o Comando Vermelho neste resultado. A partir dela, o tema segurança pública ganhou um destaque superlativo no noticiário e levou a preocupação com a violência subir de 30% para 38% como a maior preocupação do brasileiro. Em segundo lugar continua a economia, com 15%.
Ocorrida no dia 28 de outubro a ação do governo do Rio de Janeiro ofuscou até um trunfo de Lula: a reunião com Donald Trump, realizada apenas dois dias antes. Mas ficou com cheiro de coisa antiga: a viralizada foto dos dois presidentes apertando as mãos desbotou e parece feita no ano retrasado.
A pesquisa mostra que as falas de Lula sobre segurança pública não foram bem recebidas pela população. Interromperam a trajetória de melhora que se verificou depois depois do tarifaço.
— Dois exemplos de posicionamentos rejeitados pela população:
* “Os traficantes também são vítimas dos usuários”: 81% dos entrevistados discordam da afirmação que, depois, o governo disse foi “mal colocada” por Lula mas que para 51% foi uma “opinião sincera” do presidente.
* 57% dos ouvidos discordam que “a ordem judicial era ‘uma ordem de prisão, não de matança’” e que a operação foi “desastrosa do ponto de vista do Estado”, como disse Lula.
É possível fazer um paralelo com outro episódio de impacto que mexeu com a popularidade do Lula: o escândalo do INSS explodiu no colo do governo em abril. Em maio, a Quaest fez uma pesquisa. Foram os piores números do Lula em todos os seus três mandatos. Depois, as coisas foram se ajeitando, os aposentados lesados foram sendo ressarcidos, o governo conseguiu de algum modo virar o jogo e retomar de leve uma avaliação positiva.
Agora, o desafio que se impõe a Lula é semelhante. Tentar virar o jogo ao longo dos próximos meses. É uma tarefa mais dura. Sobretudo porque as soluções que o governo Lula apresenta são de médio e longo prazo, como sufocar financeiramente as facções. Mas é esse o jogo que vai ser jogado agora,
A Quaest foi feita entre quinta-feira passada (6) e domingo (9). Ouviu presencialmente 2.004 pessoas de todo o Brasil. Sua margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo)
https://www.osul.com.br/seguranca-publica-afeta-aprovacao-de-lula-e-deixa-encontro-com-trump-para-tras/ Segurança pública afeta aprovação de Lula e deixa encontro com Trump para trás 2025-11-12
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É possível fazer um paralelo com outro episódio de impacto que mexeu com a popularidade do Lula: o escândalo do INSS explodiu no colo do governo em abril. Em maio, a Quaest fez uma pesquisa. Foram os piores números do Lula em todos os seus três mandatos. Depois, as coisas foram se ajeitando, os aposentados lesados foram sendo ressarcidos, o governo conseguiu de algum modo virar o jogo e retomar de leve uma avaliação positiva.
Agora, o desafio que se impõe a Lula é semelhante. Tentar virar o jogo ao longo dos próximos meses. É uma tarefa mais dura. Sobretudo porque as soluções que o governo Lula apresenta são de médio e longo prazo, como sufocar financeiramente as facções. Mas é esse o jogo que vai ser jogado agora,
A Quaest foi feita entre quinta-feira passada (6) e domingo (9). Ouviu presencialmente 2.004 pessoas de todo o Brasil. Sua margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo)
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