Segundo a PF, Alessandro Stefanutto recebia repasses mensais de R$ 250 mil da Conafer enquanto esteve à frente do INSS. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
Só com a propina paga pela Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), entidade que foi alvo da nova etapa da Operação Sem Desconto da Polícia Federal (PF), o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto recebeu pelo menos R$ 4 milhões para atuar pelos interesses do grupo criminoso. Stefanutto foi preso na quinta-feira (13) pela PF.
A Polícia Federal afirma que Stefanutto recebia repasses mensais de R$ 250 mil da Conafer enquanto esteve à frente do INSS. Os valores eram lavados através de empresas de fachada ligadas ao grupo e um escritório de advocacia de um dos alvos da ação policial.
Segundo a PF, os repasses começaram um mês antes de sua nomeação para a presidência do instituto pelo então ministro Carlos Lupi, em junho de 2023, e cessaram em setembro de 2024.
Considerando apenas os meses em que Stefanutto recebeu os pagamentos, mais um depósito isolado de R$ 250 mil pela Conafer em 2022 – quando era procurador federal na Advocacia-Geral da União (AGU) –, os repasses chegam a R$ 4 milhões.
Segundo fontes da investigação, Stefanutto recebia entre R$ 50 mil e R$ 100 mil reais mensais antes de virar presidente do INSS. Stefanutto foi procurador-chefe da autarquia entre 2011 e 2017. Os repasses, contudo, foram reajustados quando ele foi promovido para a chefia do órgão.
“O valor mensal de sua propina aumentou significativamente para R$ 250.000,00 após assumir a Presidência do INSS. Seus pagamentos provinham diretamente do escoamento da fraude em massa da Conafer”, destaca um trecho da representação da Polícia Federal.
Ainda segundo o Supremo, Stefanutto “integrava o núcleo político-institucional, que tinha por objetivo garantir o funcionamento e a impunidade do esquema fraudulento, mediante atuação dentro do próprio órgão público” e, nesse sentido, atuou para viabilizar “administrativa e juridicamente a continuidade do convênio irregular mantido entre o INSS e a Conafer”.
Em nota encaminhada à imprensa, a defesa de Stefanutto afirmou que ele irá “comprovar a inocência” e classificou sua prisão como “completamente ilegal” sob o argumento de que seu cliente não teria “causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”. (Com informações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo)
https://www.osul.com.br/propina-a-ex-presidente-do-inss-renderia-r-4-milhoes-no-periodo-investigado-pela-policia-federal/ Propina a ex-presidente do INSS renderia R$ 4 milhões no período investigado pela Polícia Federal 2025-11-14
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Propina a ex-presidente do INSS renderia R$ 4 milhões no período investigado pela Polícia Federal
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Segundo fontes da investigação, Stefanutto recebia entre R$ 50 mil e R$ 100 mil reais mensais antes de virar presidente do INSS. Stefanutto foi procurador-chefe da autarquia entre 2011 e 2017. Os repasses, contudo, foram reajustados quando ele foi promovido para a chefia do órgão.
“O valor mensal de sua propina aumentou significativamente para R$ 250.000,00 após assumir a Presidência do INSS. Seus pagamentos provinham diretamente do escoamento da fraude em massa da Conafer”, destaca um trecho da representação da Polícia Federal.
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Em nota encaminhada à imprensa, a defesa de Stefanutto afirmou que ele irá “comprovar a inocência” e classificou sua prisão como “completamente ilegal” sob o argumento de que seu cliente não teria “causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”. (Com informações da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo)
https://www.osul.com.br/propina-a-ex-presidente-do-inss-renderia-r-4-milhoes-no-periodo-investigado-pela-policia-federal/
Propina a ex-presidente do INSS renderia R$ 4 milhões no período investigado pela Polícia Federal
2025-11-14
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