Nenhuma das sete plataformas mais acessadas cumpre integralmente os requisitos legais. (Foto: Reprodução)
As plataformas de inteligência artificial (IA) mais acessadas pelos brasileiros não têm atendido às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a outras normas legais, de acordo com pesquisa do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio (CTS-FGV) a que o jornal O Globo teve acesso. Os pesquisadores analisaram ChatGPT (OpenAI), Gemini (Alphabet/Google), Claude (Anthropic), Copilot (Microsoft), Grok (xAI, de Elon Musk), DeepSeek (chinesa) e Meta AI (de Mark Zuckerberg, dono de Facebook, WhatsApp, Instagram e Threads). Nenhuma dessas plataformas cumpre a lei integralmente. Em algumas, nem sequer são informados os direitos estabelecidos pela legislação aos usuários.
Não se trata de deslize menor. A determinação está na lei e precisa ser cumprida. Além de não informar de forma clara os direitos dos usuários, elas tampouco detalham como é feita a transferência e o uso de seus dados. São exigências mínimas para empresas que se abastecem de informações privadas sobre hábitos de navegação, para depois faturar com a venda de publicidade e serviços. A relação deveria ser transparente, com base em regras conhecidas e respeitadas por todos.
Apenas três exigências são cumpridas pelas plataformas analisadas: ter uma política de privacidade, identificar o controlador dos dados e informar que dados são tratados. Somente Claude, MetaAI e Gemini atendem a mais de dez dos 14 requisitos avaliados. Ainda assim, Gemini e MetaAI descumprem a exigência de que a transferência internacional de dados seja feita em mecanismos definidos pela LGPD. Pela lei, é preciso que o país de destino dos dados ofereça certo nível de proteção.
Pouco antes de seu tarifaço, o governo Donald Trump divulgou um relatório sobre práticas comerciais em que atribui à lei brasileira de dados “incertezas” e “obstáculos” ao processamento de informações. A crítica não tem cabimento. Os dados dos brasileiros não podem ficar à mercê das plataformas de IA nem ser objeto de chantagem em negociações comerciais. A privacidade digital precisa ser protegida por lei. E essa lei deve ser cumprida por toda empresa que opere em território nacional.
https://www.osul.com.br/plataformas-de-inteligencia-artificial-mais-acessadas-pelos-brasileiros-nao-tem-atendido-as-exigencias-da-lei-geral-de-protecao-de-dados/ Plataformas de inteligência artificial mais acessadas pelos brasileiros não têm atendido às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados 2025-04-13
Califórnia concentra 12% dos empreendedores brasileiros. (Foto: Reprodução) O brasileiro Alexandre Hadade foi “mordido” pelo Vale do Silício há mais de 15 anos. Com sócios, ele criou no Brasil a Arizona, empresa que automatiza campanhas digitais para grandes empresas, está presente em 25 países e fatura R$ 150 milhões ao ano. “Mas eu estava cansado …
Ainda não está claro como a ferramenta vai funcionar de fato. Foto: Reprodução Ainda não está claro como a ferramenta vai funcionar de fato. (Foto: Reprodução) Depois das figurinhas geradas por inteligência artificial, a Meta se prepara para expandir os recursos de IA generativa do WhatsApp. O site WABetaInfo encontrou e revelou rastros de uma …
A medida promove maior segurança, pois reduz o risco de cair em golpes telefônicos. (Foto: Reprodução) É quase impossível navegar o WhatsApp de forma anônima – ou seja, não existe um modo invisível para o serviço como ocorria em serviços como o MSN. Assim, para a maioria das pessoas, ao ficar online, por exemplo, todos …
O levantamento mostra que 81% dos entrevistados já testaram assistentes de voz, chatbots ou ferramentas de compras. Foto: Reprodução O levantamento mostra que 81% dos entrevistados já testaram assistentes de voz, chatbots ou ferramentas de compras. (Foto: Reprodução) Assistentes virtuais já se tornaram parte da rotina no Brasil. De acordo com o relatório “Conectando-se com …
Plataformas de inteligência artificial mais acessadas pelos brasileiros não têm atendido às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados
Nenhuma das sete plataformas mais acessadas cumpre integralmente os requisitos legais. (Foto: Reprodução)
As plataformas de inteligência artificial (IA) mais acessadas pelos brasileiros não têm atendido às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e a outras normas legais, de acordo com pesquisa do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio (CTS-FGV) a que o jornal O Globo teve acesso. Os pesquisadores analisaram ChatGPT (OpenAI), Gemini (Alphabet/Google), Claude (Anthropic), Copilot (Microsoft), Grok (xAI, de Elon Musk), DeepSeek (chinesa) e Meta AI (de Mark Zuckerberg, dono de Facebook, WhatsApp, Instagram e Threads). Nenhuma dessas plataformas cumpre a lei integralmente. Em algumas, nem sequer são informados os direitos estabelecidos pela legislação aos usuários.
Não se trata de deslize menor. A determinação está na lei e precisa ser cumprida. Além de não informar de forma clara os direitos dos usuários, elas tampouco detalham como é feita a transferência e o uso de seus dados. São exigências mínimas para empresas que se abastecem de informações privadas sobre hábitos de navegação, para depois faturar com a venda de publicidade e serviços. A relação deveria ser transparente, com base em regras conhecidas e respeitadas por todos.
Apenas três exigências são cumpridas pelas plataformas analisadas: ter uma política de privacidade, identificar o controlador dos dados e informar que dados são tratados. Somente Claude, MetaAI e Gemini atendem a mais de dez dos 14 requisitos avaliados. Ainda assim, Gemini e MetaAI descumprem a exigência de que a transferência internacional de dados seja feita em mecanismos definidos pela LGPD. Pela lei, é preciso que o país de destino dos dados ofereça certo nível de proteção.
Pouco antes de seu tarifaço, o governo Donald Trump divulgou um relatório sobre práticas comerciais em que atribui à lei brasileira de dados “incertezas” e “obstáculos” ao processamento de informações. A crítica não tem cabimento. Os dados dos brasileiros não podem ficar à mercê das plataformas de IA nem ser objeto de chantagem em negociações comerciais. A privacidade digital precisa ser protegida por lei. E essa lei deve ser cumprida por toda empresa que opere em território nacional.
https://www.osul.com.br/plataformas-de-inteligencia-artificial-mais-acessadas-pelos-brasileiros-nao-tem-atendido-as-exigencias-da-lei-geral-de-protecao-de-dados/
Plataformas de inteligência artificial mais acessadas pelos brasileiros não têm atendido às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados
2025-04-13
Related Posts
Internacionalização brasileira em tecnologia concentra-se na Califórnia e na Flórida
Califórnia concentra 12% dos empreendedores brasileiros. (Foto: Reprodução) O brasileiro Alexandre Hadade foi “mordido” pelo Vale do Silício há mais de 15 anos. Com sócios, ele criou no Brasil a Arizona, empresa que automatiza campanhas digitais para grandes empresas, está presente em 25 países e fatura R$ 150 milhões ao ano. “Mas eu estava cansado …
WhatsApp no Brasil recebe gerador de figurinhas com inteligência artificial e outras novidades
Ainda não está claro como a ferramenta vai funcionar de fato. Foto: Reprodução Ainda não está claro como a ferramenta vai funcionar de fato. (Foto: Reprodução) Depois das figurinhas geradas por inteligência artificial, a Meta se prepara para expandir os recursos de IA generativa do WhatsApp. O site WABetaInfo encontrou e revelou rastros de uma …
Fique invisível no WhatsApp: saiba como tornar o app mais privado e protegido
A medida promove maior segurança, pois reduz o risco de cair em golpes telefônicos. (Foto: Reprodução) É quase impossível navegar o WhatsApp de forma anônima – ou seja, não existe um modo invisível para o serviço como ocorria em serviços como o MSN. Assim, para a maioria das pessoas, ao ficar online, por exemplo, todos …
Quase metade dos brasileiros já usa inteligência artificial todos os dias
O levantamento mostra que 81% dos entrevistados já testaram assistentes de voz, chatbots ou ferramentas de compras. Foto: Reprodução O levantamento mostra que 81% dos entrevistados já testaram assistentes de voz, chatbots ou ferramentas de compras. (Foto: Reprodução) Assistentes virtuais já se tornaram parte da rotina no Brasil. De acordo com o relatório “Conectando-se com …