Os projetos ainda não foram votados pelos conselheiros. (Foto: Reprodução)
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) avaliam implementar regras administrativas rígidas para ampliar o controle da presença de juízes, desembargadores, promotores e procuradores nos fóruns e promotorias.
São propostas para impor a magistrados e membros do Ministério Público comparecimento presencial nas repartições e proibir que participem ”habitualmente” de sessões e audiências no regime remoto.
O ministro Mauro Campbell, corregedor do Poder Judiciário, foi o primeiro a redigir uma minuta de provimento nesse sentido.
O procurador-geral da República Paulo Gonet apresentou uma versão bem semelhante ao Conselhão do MP, inspirada no projeto Campbell.
Os projetos ainda não foram votados pelos conselheiros.
Uma alternativa em debate, para fiscalizar o cumprimento das normas que vierem a ser aprovadas, é o uso de ferramentas de geolocalização, controle de IP e reconhecimento facial ou biométrico.
Os conselhos avaliam que é necessário um “acompanhamento periódico e sistemático” pelas corregedorias para garantir que o trabalho está sendo feito presencialmente.
Um desembargador experiente ouvido reservadamente elogiou a iniciativa. Para o magistrado, lugar de juiz é no fórum. O desembargador avalia que a carreira oferece remuneração compatível com o trabalho presencial.
Se, de um lado, as propostas fecham o cerco sobre o trabalho à distância, de outro flexibilizam uma imposição antiga – e prevista em lei – às carreiras: a de que magistrados e promotores têm que morar na cidade onde estão lotados. A obrigação está expressa nas leis orgânicas da magistratura e do Ministério Público.
O CNJ e o CNMP reconhecem que a proximidade com a comunidade é “essencial” para o exercício eficiente das funções de juízes e promotores, mas avaliam abrir uma brecha na regra.
A ideia é usar as metas nacionais do Poder Judiciário, estabelecidas pelo CNJ, e do Plano Nacional de Atuação Estratégica do Ministério Público, definidas pelo CNMP, como parâmetro de produtividade.
O pleito foi levado ao CNJ em julho pelo Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça. O órgão alegou que as corregedorias têm “dificuldade” de fiscalizar se os magistrados de fato moram nas respectivas comarcas.
Em relação ao controle sobre o trabalho presencial, o procurador-geral defendeu “avanços tecnológicos que permitam o acompanhamento das atividades ministeriais, mediante a elaboração de relatórios que irão auxiliar a gestão das unidades e ramos ministeriais”.
O CNJ e o Conselhão do MP reconheceram a simetria entre as carreiras da magistratura e do Ministério Público. Os conselhos aprovaram resoluções que equiparam magistrados, procuradores e promotores e preveem “reciprocidade” em direitos e deveres. As regras vêm sendo aplicadas administrativamente pelos tribunais como uma estratégia para cruzar benefícios e vantagens salariais entre as carreiras. (Com informações do colunista Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo)
https://www.osul.com.br/o-conselho-nacional-de-justica-e-o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-avaliam-espiar-juizes-e-promotores/ O Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público avaliam espiar juízes e promotores 2025-09-28
A cúpula do União Brasil considera que ter um filiado como o ministro é insustentável. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil) O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), afirmou que não há decisão sobre sua saída do governo, mesmo com o aumento da pressão da cúpula da sigla para desembarcar da gestão petista. A relação do partido …
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou, nesta quinta-feira (11), a pena do deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), em 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão. A decisão, tomada pela maioria dos ministros, ocorreu no âmbito do processo sobre a trama golpista. A pena …
Para Flávio, Motta e Alcolumbre não podem permitir que o Poder Legislativo “seja novamente pisado por Alexandre de Moraes”. (Foto: Pedro França/Agência Senado) O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a anistia aos envolvidos no julgamento da trama golpista do 8 de Janeiro e cobrou a atuação dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), …
Paulinho da Força tenta convencer partido de Bolsonaro a apoiar proposta alternativa que não envolva o perdão. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados) Relator do projeto de lei da redução de penas aos condenados pelos atos golpistas, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) afirmou que a fala do presidente Donald Trump sobre ter uma “excelente química” …
O Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público avaliam espiar juízes e promotores
Os projetos ainda não foram votados pelos conselheiros. (Foto: Reprodução)
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) avaliam implementar regras administrativas rígidas para ampliar o controle da presença de juízes, desembargadores, promotores e procuradores nos fóruns e promotorias.
São propostas para impor a magistrados e membros do Ministério Público comparecimento presencial nas repartições e proibir que participem ”habitualmente” de sessões e audiências no regime remoto.
O ministro Mauro Campbell, corregedor do Poder Judiciário, foi o primeiro a redigir uma minuta de provimento nesse sentido.
O procurador-geral da República Paulo Gonet apresentou uma versão bem semelhante ao Conselhão do MP, inspirada no projeto Campbell.
Os projetos ainda não foram votados pelos conselheiros.
Uma alternativa em debate, para fiscalizar o cumprimento das normas que vierem a ser aprovadas, é o uso de ferramentas de geolocalização, controle de IP e reconhecimento facial ou biométrico.
Os conselhos avaliam que é necessário um “acompanhamento periódico e sistemático” pelas corregedorias para garantir que o trabalho está sendo feito presencialmente.
Um desembargador experiente ouvido reservadamente elogiou a iniciativa. Para o magistrado, lugar de juiz é no fórum. O desembargador avalia que a carreira oferece remuneração compatível com o trabalho presencial.
Se, de um lado, as propostas fecham o cerco sobre o trabalho à distância, de outro flexibilizam uma imposição antiga – e prevista em lei – às carreiras: a de que magistrados e promotores têm que morar na cidade onde estão lotados. A obrigação está expressa nas leis orgânicas da magistratura e do Ministério Público.
O CNJ e o CNMP reconhecem que a proximidade com a comunidade é “essencial” para o exercício eficiente das funções de juízes e promotores, mas avaliam abrir uma brecha na regra.
A ideia é usar as metas nacionais do Poder Judiciário, estabelecidas pelo CNJ, e do Plano Nacional de Atuação Estratégica do Ministério Público, definidas pelo CNMP, como parâmetro de produtividade.
O pleito foi levado ao CNJ em julho pelo Colégio Permanente de Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça. O órgão alegou que as corregedorias têm “dificuldade” de fiscalizar se os magistrados de fato moram nas respectivas comarcas.
Em relação ao controle sobre o trabalho presencial, o procurador-geral defendeu “avanços tecnológicos que permitam o acompanhamento das atividades ministeriais, mediante a elaboração de relatórios que irão auxiliar a gestão das unidades e ramos ministeriais”.
O CNJ e o Conselhão do MP reconheceram a simetria entre as carreiras da magistratura e do Ministério Público. Os conselhos aprovaram resoluções que equiparam magistrados, procuradores e promotores e preveem “reciprocidade” em direitos e deveres. As regras vêm sendo aplicadas administrativamente pelos tribunais como uma estratégia para cruzar benefícios e vantagens salariais entre as carreiras. (Com informações do colunista Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo)
https://www.osul.com.br/o-conselho-nacional-de-justica-e-o-conselho-nacional-do-ministerio-publico-avaliam-espiar-juizes-e-promotores/
O Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do Ministério Público avaliam espiar juízes e promotores
2025-09-28
Related Posts
Pressionado pelo partido União Brasil, ministro do Turismo resiste em deixar governo
A cúpula do União Brasil considera que ter um filiado como o ministro é insustentável. (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil) O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), afirmou que não há decisão sobre sua saída do governo, mesmo com o aumento da pressão da cúpula da sigla para desembarcar da gestão petista. A relação do partido …
Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem é condenado a 16 anos de prisão e perda do mandato de deputado federal
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou, nesta quinta-feira (11), a pena do deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem (PL-RJ), em 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão. A decisão, tomada pela maioria dos ministros, ocorreu no âmbito do processo sobre a trama golpista. A pena …
Flávio Bolsonaro manda recado aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado: “Não existe meia anistia”
Para Flávio, Motta e Alcolumbre não podem permitir que o Poder Legislativo “seja novamente pisado por Alexandre de Moraes”. (Foto: Pedro França/Agência Senado) O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu a anistia aos envolvidos no julgamento da trama golpista do 8 de Janeiro e cobrou a atuação dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), …
Relator diz que declaração de Trump deveria fazer o partido de Bolsonaro desistir do projeto de anistia e aceitar acordo para reduzir penas
Paulinho da Força tenta convencer partido de Bolsonaro a apoiar proposta alternativa que não envolva o perdão. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados) Relator do projeto de lei da redução de penas aos condenados pelos atos golpistas, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) afirmou que a fala do presidente Donald Trump sobre ter uma “excelente química” …