Luiz Marinho defendeu um tempo de transição para que as companhias se preparem.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Luiz Marinho defendeu um tempo de transição para que as companhias se preparem. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil é uma vitória dos trabalhadores que deve ser tomada como exemplo na defesa de outra bandeira que tem ganhado repercussão cada vez maior no Congresso: o fim da escala 6×1. O tema é de grande popularidade para o presidente Lula.
Segundo o chefe da pasta, assim como o debate da jornada de trabalho não tem unanimidade entre os parlamentares e empregadores, o mesmo aconteceu com a tabela do IR. Mesmo assim, o governo teve vitória nesse tema.
O ministro disse que é possível reduzir a escala de trabalho para 40 horas semanais e avisou às empresas que elas precisam começar a estudar o assunto. Ele defendeu um tempo de transição para que as companhias se preparem.
“Temos que conjugar as demandas e fazer a redução da jornada máxima no país. Acho que é possível reduzir para 40 horas semanais. Seria benéfico para o mercado de trabalho. Claro, temos que compreender a necessidade econômica de vários setores, que precisam funcionar os 365 dias do ano, 24 horas por dia. Uma lei como essa não terá o alcance de estabelecer como fazer a engenharia de grades horárias. Mas é plenamente possível sair da 6×1 com negociação coletiva para equacionar esse conjunto de questões sem atropelos”, disse.
Questionado sobre o avanço desse tema no contexto do aumento da pejotização no Brasil, Marinho chamou de fraude as demissões para transformar trabalhadores enquadrados na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em PJs (Pessoas Jurídicas).
“Você acha que um indivíduo que nem sabe muitas vezes quem é o dono do negócio pode se representar frente a isso? Evidentemente que não. O que está em voga neste momento não é que o trabalhador quer ser PJ, e sim que o patrão está demitindo e amanhã esse trabalhador volta como PJ. Isso é fraude. E é isso que está sendo patrocinado pela decisão em discussão. É uma crueldade do capital perante o trabalhador indefeso. Até porque os sindicatos perderam a capacidade de mobilização devido a uma ação patrocinada pelo Judiciário brasileiro”, continua.
Marinho criticou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela decisão de suspender as ações sobre esse assunto na Justiça brasileira até uma resolução final na Suprema Corte.
“O mercado de trabalho vive em evolução constante e ninguém quer barrar esse processo de modernização. Mas o ministro tomou uma decisão, na minha opinião, totalmente equivocada —eu já disse isso pessoalmente a ele—, de paralisar todas as ações sobre esse assunto no Brasil. Essa questão é muito perigosa. A pejotização é um risco para o desenvolvimento do país. A partir da reforma trabalhista, o Supremo respaldou uma terceirização exagerada e que acabou mandando todo mundo ser MEI”, afirmou.
https://www.osul.com.br/ministro-do-trabalho-quer-jornada-maxima-de-40-horas-semanais/ Ministro do Trabalho quer jornada máxima de 40 horas semanais 2025-11-11
Membros da oposição condenaram a nova decisão, que determina o policiamento na área externa da casa e a revista de todos os carros que saiam da residência de Bolsonaro. (Foto: Reprodução) Parlamentares usaram as redes sociais para repercutir a vigília policial que teve início na área externa da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A …
Deputado, que vive nos Estados Unidos, acumula 23 ausências não justificadas em 2025. (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados) O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não registrou presença ou votou na sessão na Câmara que aprovou o requerimento de urgência na tramitação de um projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos em atos antidemocráticos, como o …
Ex-presidente foi preso preventivamente neste sábado (22), por ordem do Supremo. Bolsonaro está na Superintendência da Polícia Federal em Brasília Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil) O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai passar por uma audiência de custódia neste domingo (23), um dia após ser preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de …
José Carlos Oliveira foi alvo de mandado de busca e apreensão e passou a usar tornozeleira eletrônica. (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR) Diante do desgaste com a prisão do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, o governo tenta dividir o ônus com a gestão de Jair Bolsonaro e vê nas acusações contra o ex-ministro da Previdência José …
Ministro do Trabalho quer jornada máxima de 40 horas semanais
Luiz Marinho defendeu um tempo de transição para que as companhias se preparem.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Luiz Marinho defendeu um tempo de transição para que as companhias se preparem. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a aprovação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil é uma vitória dos trabalhadores que deve ser tomada como exemplo na defesa de outra bandeira que tem ganhado repercussão cada vez maior no Congresso: o fim da escala 6×1. O tema é de grande popularidade para o presidente Lula.
Segundo o chefe da pasta, assim como o debate da jornada de trabalho não tem unanimidade entre os parlamentares e empregadores, o mesmo aconteceu com a tabela do IR. Mesmo assim, o governo teve vitória nesse tema.
O ministro disse que é possível reduzir a escala de trabalho para 40 horas semanais e avisou às empresas que elas precisam começar a estudar o assunto. Ele defendeu um tempo de transição para que as companhias se preparem.
“Temos que conjugar as demandas e fazer a redução da jornada máxima no país. Acho que é possível reduzir para 40 horas semanais. Seria benéfico para o mercado de trabalho. Claro, temos que compreender a necessidade econômica de vários setores, que precisam funcionar os 365 dias do ano, 24 horas por dia. Uma lei como essa não terá o alcance de estabelecer como fazer a engenharia de grades horárias. Mas é plenamente possível sair da 6×1 com negociação coletiva para equacionar esse conjunto de questões sem atropelos”, disse.
Questionado sobre o avanço desse tema no contexto do aumento da pejotização no Brasil, Marinho chamou de fraude as demissões para transformar trabalhadores enquadrados na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em PJs (Pessoas Jurídicas).
“Você acha que um indivíduo que nem sabe muitas vezes quem é o dono do negócio pode se representar frente a isso? Evidentemente que não. O que está em voga neste momento não é que o trabalhador quer ser PJ, e sim que o patrão está demitindo e amanhã esse trabalhador volta como PJ. Isso é fraude. E é isso que está sendo patrocinado pela decisão em discussão. É uma crueldade do capital perante o trabalhador indefeso. Até porque os sindicatos perderam a capacidade de mobilização devido a uma ação patrocinada pelo Judiciário brasileiro”, continua.
Marinho criticou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela decisão de suspender as ações sobre esse assunto na Justiça brasileira até uma resolução final na Suprema Corte.
“O mercado de trabalho vive em evolução constante e ninguém quer barrar esse processo de modernização. Mas o ministro tomou uma decisão, na minha opinião, totalmente equivocada —eu já disse isso pessoalmente a ele—, de paralisar todas as ações sobre esse assunto no Brasil. Essa questão é muito perigosa. A pejotização é um risco para o desenvolvimento do país. A partir da reforma trabalhista, o Supremo respaldou uma terceirização exagerada e que acabou mandando todo mundo ser MEI”, afirmou.
https://www.osul.com.br/ministro-do-trabalho-quer-jornada-maxima-de-40-horas-semanais/
Ministro do Trabalho quer jornada máxima de 40 horas semanais
2025-11-11
Related Posts
Monitoramento pela Polícia Federal na área externa da casa de Bolsonaro repercute no Congresso
Membros da oposição condenaram a nova decisão, que determina o policiamento na área externa da casa e a revista de todos os carros que saiam da residência de Bolsonaro. (Foto: Reprodução) Parlamentares usaram as redes sociais para repercutir a vigília policial que teve início na área externa da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A …
Nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro não vota em sessão remota pela anistia e alega impedimento por erro em plataforma da Câmara
Deputado, que vive nos Estados Unidos, acumula 23 ausências não justificadas em 2025. (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados) O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não registrou presença ou votou na sessão na Câmara que aprovou o requerimento de urgência na tramitação de um projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos em atos antidemocráticos, como o …
Preso pela Polícia Federal, Bolsonaro passa por audiência de custódia neste domingo
Ex-presidente foi preso preventivamente neste sábado (22), por ordem do Supremo. Bolsonaro está na Superintendência da Polícia Federal em Brasília Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil) O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai passar por uma audiência de custódia neste domingo (23), um dia após ser preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de …
Fraude no INSS: governo usa ex-ministro de Bolsonaro para conter desgaste a Lula
José Carlos Oliveira foi alvo de mandado de busca e apreensão e passou a usar tornozeleira eletrônica. (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR) Diante do desgaste com a prisão do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, o governo tenta dividir o ônus com a gestão de Jair Bolsonaro e vê nas acusações contra o ex-ministro da Previdência José …