General foi um dos integrantes de Alto Comando que se opunha ao golpe tentado por Bolsonaro em 2022. (Foto: Divulgação)
A informação de que o Departamento de Estado estuda retirar o visto americano do general Tomás foi publicado pelo portal Metrópoles. Oficialmente, o comando do Exército decidiu não se manifestar sobre o caso. O adido militar brasileiro em Washington, general Maurício Vieira Gama, e no US Southern Command, general Flávio Moreira Matias, foram consultar seus colegas americanos. Deixaram claro que os problemas políticos entre os dois governos não podem afetar as relações históricas entre os dois Exércitos.
Acusado na segunda-feira (22), de obstrução de processo pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sob a alegação de, em companhia do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), usar relações com o governo americano para ameaçar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o processo que condenou a 27 anos de prisão o ex-presidente Jair Bolsonaro, Figueiredo diz desconhecer o caso.
“Vai saber né? O que eu tenho a ver com isso? Quem aplica sanção de visto é o secretário Marco Rubio. Eu assumo que o general Tomás também não goste de vir aos EUA, ou seus familiares, então, que diferença faz?”, escreveu Figueiredo. Ele e Eduardo reagiram à denúncia da procuradoria, afirmando em nota: “Não nos intimidaremos”. “Pelo contrário, isso apenas reforça o que temos afirmado repetidamente – que anistia ampla, geral e irrestrita é o único caminho para o Brasil.”
Caso seja alcançado pela sanção, Tomás já deu aos subordinados a orientação de que o caso pessoal dele não deve servir para embaraçar as relações entre os dois Exércitos, pois ele considera que uma possível sanção seria momentânea.
O argumento no qual se basearia a cassação do visto do general seria uma suposta proximidade dele com Moraes, como se o ministro fosse responsável por sua nomeação para o comando da Força em troca de respaldo militar às suas ações.
Para generais consultados pela reportagem, a perspectiva de uma ação contra Tomás teria um efeito muito deletério na Força. Eles consideram que a argumentação dos ambientes ligados à extrema direita não tem pé nem cabeça, pois o contato do general Tomás com o STF sempre foi apenas “institucional”. Além disso, uma sanção contra o comandante seria vista por muitos como uma ofensa ao próprio Exército e mais uma tentativa de envolvê-lo na crise política.
Durante a investigação sobre a tentativa de golpe em 2022, a Polícia Federal encontrou mensagens que ligavam Figueiredo a coronéis envolvidos na trama. Ele teria feito parte da campanha de difamação, uma operação militar psicológica ilegal mantida por oficiais do Exército para tentar encurralar o Alto Comando e desacreditar os oficiais generais contrários à ruptura institucional não só por meio de redes sociais, mas por meio de envio de mensagens para os generais, seus familiares e amigos.
Muitos, como Tomás, foram tratados como “melancias” e eram instados a não prestar continência a Lula. Recentemente, no Dia do Soldado, Tomás pronunciou ordem do dia no qual reafirmou o caráter do Exército como instituição de Estado, afirmando: “Minha espada não tem partido”. Foi um recado aos radicais que procuram atacar a Força Terrestre. “Que venham, por aqui não passam”, dissera 15 dias antes, o então chefe do Estado-Maior, general Richard Nunes, em solenidade em Brasília. (Com informações de O Estado de S. Paulo)
https://www.osul.com.br/lobby-bolsonarista-ameaca-o-general-tomas-comandante-do-exercito-com-retirada-de-visto-dos-estados-unidos/ Lobby bolsonarista ameaça o general Tomás, comandante do Exército, com retirada de visto dos Estados Unidos 2025-09-23
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Lobby bolsonarista ameaça o general Tomás, comandante do Exército, com retirada de visto dos Estados Unidos
General foi um dos integrantes de Alto Comando que se opunha ao golpe tentado por Bolsonaro em 2022. (Foto: Divulgação)
A informação de que o Departamento de Estado estuda retirar o visto americano do general Tomás foi publicado pelo portal Metrópoles. Oficialmente, o comando do Exército decidiu não se manifestar sobre o caso. O adido militar brasileiro em Washington, general Maurício Vieira Gama, e no US Southern Command, general Flávio Moreira Matias, foram consultar seus colegas americanos. Deixaram claro que os problemas políticos entre os dois governos não podem afetar as relações históricas entre os dois Exércitos.
Acusado na segunda-feira (22), de obstrução de processo pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sob a alegação de, em companhia do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), usar relações com o governo americano para ameaçar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o processo que condenou a 27 anos de prisão o ex-presidente Jair Bolsonaro, Figueiredo diz desconhecer o caso.
“Vai saber né? O que eu tenho a ver com isso? Quem aplica sanção de visto é o secretário Marco Rubio. Eu assumo que o general Tomás também não goste de vir aos EUA, ou seus familiares, então, que diferença faz?”, escreveu Figueiredo. Ele e Eduardo reagiram à denúncia da procuradoria, afirmando em nota: “Não nos intimidaremos”. “Pelo contrário, isso apenas reforça o que temos afirmado repetidamente – que anistia ampla, geral e irrestrita é o único caminho para o Brasil.”
Caso seja alcançado pela sanção, Tomás já deu aos subordinados a orientação de que o caso pessoal dele não deve servir para embaraçar as relações entre os dois Exércitos, pois ele considera que uma possível sanção seria momentânea.
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Para generais consultados pela reportagem, a perspectiva de uma ação contra Tomás teria um efeito muito deletério na Força. Eles consideram que a argumentação dos ambientes ligados à extrema direita não tem pé nem cabeça, pois o contato do general Tomás com o STF sempre foi apenas “institucional”. Além disso, uma sanção contra o comandante seria vista por muitos como uma ofensa ao próprio Exército e mais uma tentativa de envolvê-lo na crise política.
Durante a investigação sobre a tentativa de golpe em 2022, a Polícia Federal encontrou mensagens que ligavam Figueiredo a coronéis envolvidos na trama. Ele teria feito parte da campanha de difamação, uma operação militar psicológica ilegal mantida por oficiais do Exército para tentar encurralar o Alto Comando e desacreditar os oficiais generais contrários à ruptura institucional não só por meio de redes sociais, mas por meio de envio de mensagens para os generais, seus familiares e amigos.
Muitos, como Tomás, foram tratados como “melancias” e eram instados a não prestar continência a Lula. Recentemente, no Dia do Soldado, Tomás pronunciou ordem do dia no qual reafirmou o caráter do Exército como instituição de Estado, afirmando: “Minha espada não tem partido”. Foi um recado aos radicais que procuram atacar a Força Terrestre. “Que venham, por aqui não passam”, dissera 15 dias antes, o então chefe do Estado-Maior, general Richard Nunes, em solenidade em Brasília. (Com informações de O Estado de S. Paulo)
https://www.osul.com.br/lobby-bolsonarista-ameaca-o-general-tomas-comandante-do-exercito-com-retirada-de-visto-dos-estados-unidos/
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2025-09-23
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