Mark Zuckerberg, disse que a empresa vai abandonar o programa de checagem de fatos e permitir mais conteúdos políticos.
Foto: Reprodução
Atualizações em português das novas diretrizes foram publicadas nessa quinta.
(Foto: Reprodução)
A Meta, dona de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, anunciou uma mudança em sua política de moderação de conteúdo. A alteração coloca a empresa alinhada ao futuro governo de Donald Trump nos Estados Unidos.
Em um vídeo de mais de 5 minutos, o fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, disse que a empresa vai abandonar o programa de checagem de fatos e permitir mais conteúdos políticos. O líder da Meta se pôs ao lado de Trump, que volta à Casa Branca no próximo dia 20. Inicialmente, a mudança vale apenas nos Estados Unidos, mas a empresa anunciou diretrizes que serão adotadas em todos os países onde atua.
Trump elogiou a alteração e afirmou que esta foi “provavelmente” motivada por suas ameaças contra o CEO da Meta — ele chegou a ameaçar prender Zuckerberg.
Trump e seus apoiadores sempre criticaram a prática da Meta de colocar alertas em postagens questionáveis ou falsas. Mas em novembro, logo após as eleições, Zuckerberg jantou com Trump em Mar-a-Lago, na Flórida. No mês seguinte, a Meta doou US$ 1 milhão para financiar a cerimônia de posse.
“A Europa tem um número cada vez maior de leis institucionalizando a censura e tornando difícil construir qualquer coisa inovadora lá. Os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas (das redes sociais) silenciosamente. A China censurou aplicativos de funcionarem no país”, completou.
O novo diretor de Assuntos Globais da Meta, Joel Kaplan, afirmou, no blog da empresa, que a abordagem adotada a partir de 2016, de controle de conteúdo e checagem de fatos, “foi longe demais”, levando “muito conteúdo inofensivo” a ser censurado. Kaplan é historicamente ligado ao Partido Republicano, de Trump.
As palavras de Kaplan estão alinhadas às de Zuckerberg, que disse no vídeo que o sistema de checagem de fatos da Meta “chegou a um ponto em que há muitos erros e censura demais”. E ressaltou que “é hora de voltar às nossas raízes sobre a liberdade de expressão”.
O CEO da Meta disse ainda que os verificadores de conteúdo serão substituídos por um sistema conhecido como Notas da Comunidade, já usado pelo X, de Elon Musk. Com isso, serão os usuários que estabelecerão o que pode ou não ser dito.
O bilionário, por sua vez, usou o próprio X para elogiar a mudança da Meta: “Isso é genial”. Abaixo do comentário, Musk reproduziu a captura de tela de uma reportagem intitulada “Facebook expulsa verificadores de fatos em uma tentativa de ‘restaurar’ a liberdade de expressão.”
Segundo Zuckerberg, a empresa construiu um complexo sistema de checagem de fatos, mas este não estava imune a erros. E disse que muitos dos especialistas responsáveis pela checagem de fatos tinham “um viés excessivamente político”, sugerindo parcialidade de esquerda. Segundo ele, as eleições presidenciais nos EUA, no ano passado, foram “um ponto de virada cultural”.
Zuckerberg criticou governos e o que chamou de “mídia tradicional” — empresas jornalísticas estabelecidas, que informam depois de apurar fatos — por “pressões para censurar cada vez mais” as redes sociais, algo “claramente político”.
O CEO da Meta informou que serão eliminadas muitas restrições a “tópicos como imigração e gênero, que estão desconectados do discurso dominante.” Mas serão mantidos os filtros para barrar postagens sobre terrorismo, exploração sexual de crianças, drogas e esquemas fraudulentos.
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Mark Zuckerberg, disse que a empresa vai abandonar o programa de checagem de fatos e permitir mais conteúdos políticos.
Foto: Reprodução
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A Meta, dona de Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp, anunciou uma mudança em sua política de moderação de conteúdo. A alteração coloca a empresa alinhada ao futuro governo de Donald Trump nos Estados Unidos.
Em um vídeo de mais de 5 minutos, o fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg, disse que a empresa vai abandonar o programa de checagem de fatos e permitir mais conteúdos políticos. O líder da Meta se pôs ao lado de Trump, que volta à Casa Branca no próximo dia 20. Inicialmente, a mudança vale apenas nos Estados Unidos, mas a empresa anunciou diretrizes que serão adotadas em todos os países onde atua.
Trump elogiou a alteração e afirmou que esta foi “provavelmente” motivada por suas ameaças contra o CEO da Meta — ele chegou a ameaçar prender Zuckerberg.
Trump e seus apoiadores sempre criticaram a prática da Meta de colocar alertas em postagens questionáveis ou falsas. Mas em novembro, logo após as eleições, Zuckerberg jantou com Trump em Mar-a-Lago, na Flórida. No mês seguinte, a Meta doou US$ 1 milhão para financiar a cerimônia de posse.
“A Europa tem um número cada vez maior de leis institucionalizando a censura e tornando difícil construir qualquer coisa inovadora lá. Os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas (das redes sociais) silenciosamente. A China censurou aplicativos de funcionarem no país”, completou.
O novo diretor de Assuntos Globais da Meta, Joel Kaplan, afirmou, no blog da empresa, que a abordagem adotada a partir de 2016, de controle de conteúdo e checagem de fatos, “foi longe demais”, levando “muito conteúdo inofensivo” a ser censurado. Kaplan é historicamente ligado ao Partido Republicano, de Trump.
As palavras de Kaplan estão alinhadas às de Zuckerberg, que disse no vídeo que o sistema de checagem de fatos da Meta “chegou a um ponto em que há muitos erros e censura demais”. E ressaltou que “é hora de voltar às nossas raízes sobre a liberdade de expressão”.
O CEO da Meta disse ainda que os verificadores de conteúdo serão substituídos por um sistema conhecido como Notas da Comunidade, já usado pelo X, de Elon Musk. Com isso, serão os usuários que estabelecerão o que pode ou não ser dito.
O bilionário, por sua vez, usou o próprio X para elogiar a mudança da Meta: “Isso é genial”. Abaixo do comentário, Musk reproduziu a captura de tela de uma reportagem intitulada “Facebook expulsa verificadores de fatos em uma tentativa de ‘restaurar’ a liberdade de expressão.”
Segundo Zuckerberg, a empresa construiu um complexo sistema de checagem de fatos, mas este não estava imune a erros. E disse que muitos dos especialistas responsáveis pela checagem de fatos tinham “um viés excessivamente político”, sugerindo parcialidade de esquerda. Segundo ele, as eleições presidenciais nos EUA, no ano passado, foram “um ponto de virada cultural”.
Zuckerberg criticou governos e o que chamou de “mídia tradicional” — empresas jornalísticas estabelecidas, que informam depois de apurar fatos — por “pressões para censurar cada vez mais” as redes sociais, algo “claramente político”.
O CEO da Meta informou que serão eliminadas muitas restrições a “tópicos como imigração e gênero, que estão desconectados do discurso dominante.” Mas serão mantidos os filtros para barrar postagens sobre terrorismo, exploração sexual de crianças, drogas e esquemas fraudulentos.
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2025-01-08
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