Mauro Cid tem dito a interlocutores que considerou a delação premiada um “processo traumático”. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
O delator e réu da trama golpista, tenente-coronel Mauro Cid, pediu para deixar o Exército. A informação foi dada pela sua defesa durante o primeiro dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa de Cid foi a primeira a se pronunciar, já que ele é o delator do caso. Depois, falaram as defesas de outros sete réus, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o advogado Jair Alves Ferreira, a baixa do Exército foi requerida porque Cid “não tem mais condições psicológicas de continuar como militar”.
Mauro Cid tem dito a interlocutores que considerou a delação premiada um “processo traumático”, já que acabou delatando fatos que envolviam não só Jair Bolsonaro, mas também generais de alta patente, como Braga Netto, que está preso por tentar atrapalhar as investigações e obter a colaboração, além de antigos colegas de farda.
A defesa de Mauro Cid apontou ao Supremo durante as chamadas alegações finais — última manifestação antes do julgamento — que a colaboração teve um alto custo para o militar, provocando isolamento e tratamento de traidor.
Os advogados, no entanto, destacaram que a delação foi decisiva para a revelação de temas centrais da trama golpista, sendo fundamental para a construção da denúncia apresentada contra os demais envolvidos. Segundo a defesa, Cid enfrentou forte pressão emocional durante o processo de colaboração, agravada pelas repercussões internas no meio militar e pela reação de antigos aliados.
O pedido de ida para a reserva foi feito há cerca de um mês e, até o momento, ainda não teve decisão por parte do Exército. A solicitação está sob análise dos setores competentes, e a expectativa é que seja apreciada nos próximos dias.
Na trama golpista investigada pelo Supremo Tribunal Federal, Mauro Cid responde pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A delação dele serviu de base para a denúncia contra os outros réus. Ele era um dos homens de confiança de Bolsonaro durante o governo.
Durante as investigações, Cid prestou diversos depoimentos nos quais relatou reuniões, mensagens e documentos que, segundo os autos, indicam a preparação de um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
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De acordo com o advogado Jair Alves Ferreira, a baixa do Exército foi requerida porque Cid “não tem mais condições psicológicas de continuar como militar”.
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Durante as investigações, Cid prestou diversos depoimentos nos quais relatou reuniões, mensagens e documentos que, segundo os autos, indicam a preparação de um plano para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
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2025-09-02
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