O encontro com Donald Trump na Malásia foi “positivo” e um “impulso poderoso” a Lula. Essa avaliação é unânime entre quatro diplomatas ouvidos pela coluna. Mas alguns pontos da reunião chamaram atenção de integrantes do Itamaraty, como o interesse do presidente americano pela trajetória do mandatário brasileiro, classificado por eles como um “fator de aproximação”.
Durante a conversa, Trump quis saber, por exemplo, por quantos anos Lula tinha ficado preso e abordou a ascensão do petista, de líder sindical a “político perseguido”.
Segundo um diplomata experiente, o americano “se identificou” de certa forma com a história de Lula, uma vez que o republicano se vê “perseguido politicamente” e entende que superou esse cenário:
— Agora está vendo o Lula como um semelhante e alguém que deu a volta por cima. É um pouco da cultura americana, dos “winners and losers”. E o Lula é um vencedor.
Outro diplomata do topo da carreira, também sob reserva, avalia que Trump percebeu que as sanções foram um “tiro pela culatra”, que fizeram Lula crescer em pesquisas e passaram a impressão de que a família Bolsonaro pensa mais em si do que no próprio Brasil. Para ele, os americanos, pressionados pela indústria e pragmáticos, precisaram recalcular a rota e tendem a afrouxar as medidas impostas.
Ainda assim, há um entendimento de que Trump deixa uma dúvida sobre qual será seu comportamento até as eleições brasileiras.
Para um embaixador, apesar de aparentemente o americano ter gostado de Lula a ponto de seguir as tratativas e analisar uma proposta brasileira pelo acordo entre os países, o republicano “muda muito de opinião”.
Um outro colega de Itamaraty vai além:
— A pergunta é: com quem ele (Trump) vai querer negociar nos próximos anos?
‘Não era possível resolver tudo numa conversa’, diz Lula sobre encontro com Trump
É “óbvio” que não dava para resolver o impasse com os Estados Unidos em uma só conversa. Essa foi a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao comentário do presidente dos EUA, Donald Trump, que manifestou dúvidas sobre um possível acordo com o Brasil. Ao deixar a Malásia, onde se encontrou com Lula no domingo, Trump disse “veremos o que acontece” ao ser perguntado sobre a negociação com o Brasil.
— Primeiro eu interpreto como óbvio. Não era possível, nem vocês acreditavam, que numa única conversa a gente pudesse resolver os problemas — disse Lula em Kuala Lumpur antes de ir ao jantar de gala da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês). — O que nós estabelecemos é uma regra de negociação, e, toda vez que tiver uma dificuldade, eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone, eu tenho o telefone dele, nós vamos colocar as equipes para negociar. Com informações do portal O Globo.
Nos EUA e junto a Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo defende sanções ao Brasil. (Foto: Reprodução) O apresentador Paulo Figueiredo, que mora nos Estados Unidos e, junto com Eduardo Bolsonaro, defende sanções ao Brasil por causa do julgamento de Jair Bolsonaro, divulgou diversos elogios ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux nessa quarta-feira (10). …
Somente com todos os recursos julgados é que o tribunal decretará o início do cumprimento das penas impostas aos réus. Foto: Luiz Silveira/STF Somente com todos os recursos julgados é que o tribunal decretará o início do cumprimento das penas impostas aos réus. (Foto: Luiz Silveira/STF) O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal …
Recebemos pela imprensa a notícia de mais uma denúncia fajuta dos lacaios de Alexandre de Moraes na PGR, desta vez sob a alegação de “coação”. Sobre isso, vale esclarecer”, diz a nota. (Foto: Antonio Augusto/STF) O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo divulgaram uma nota em resposta a uma denúncia apresentada pela …
Oposição não deve conseguir aprovar uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos no 8 de Janeiro. (Foto: Reprodução) Nos últimos dias, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou uma série de medidas para tentar evitar a aprovação da urgência do projeto da anistia na Câmara dos Deputados. Entre as …
Brasil quer evitar “tropa de choque” aos Estados Unidos para negociar tarifas já na semana que vem
O encontro com Donald Trump na Malásia foi “positivo” e um “impulso poderoso” a Lula. Essa avaliação é unânime entre quatro diplomatas ouvidos pela coluna. Mas alguns pontos da reunião chamaram atenção de integrantes do Itamaraty, como o interesse do presidente americano pela trajetória do mandatário brasileiro, classificado por eles como um “fator de aproximação”.
Durante a conversa, Trump quis saber, por exemplo, por quantos anos Lula tinha ficado preso e abordou a ascensão do petista, de líder sindical a “político perseguido”.
Segundo um diplomata experiente, o americano “se identificou” de certa forma com a história de Lula, uma vez que o republicano se vê “perseguido politicamente” e entende que superou esse cenário:
— Agora está vendo o Lula como um semelhante e alguém que deu a volta por cima. É um pouco da cultura americana, dos “winners and losers”. E o Lula é um vencedor.
Outro diplomata do topo da carreira, também sob reserva, avalia que Trump percebeu que as sanções foram um “tiro pela culatra”, que fizeram Lula crescer em pesquisas e passaram a impressão de que a família Bolsonaro pensa mais em si do que no próprio Brasil. Para ele, os americanos, pressionados pela indústria e pragmáticos, precisaram recalcular a rota e tendem a afrouxar as medidas impostas.
Ainda assim, há um entendimento de que Trump deixa uma dúvida sobre qual será seu comportamento até as eleições brasileiras.
Para um embaixador, apesar de aparentemente o americano ter gostado de Lula a ponto de seguir as tratativas e analisar uma proposta brasileira pelo acordo entre os países, o republicano “muda muito de opinião”.
Um outro colega de Itamaraty vai além:
— A pergunta é: com quem ele (Trump) vai querer negociar nos próximos anos?
‘Não era possível resolver tudo numa conversa’, diz Lula sobre encontro com Trump
É “óbvio” que não dava para resolver o impasse com os Estados Unidos em uma só conversa. Essa foi a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao comentário do presidente dos EUA, Donald Trump, que manifestou dúvidas sobre um possível acordo com o Brasil. Ao deixar a Malásia, onde se encontrou com Lula no domingo, Trump disse “veremos o que acontece” ao ser perguntado sobre a negociação com o Brasil.
— Primeiro eu interpreto como óbvio. Não era possível, nem vocês acreditavam, que numa única conversa a gente pudesse resolver os problemas — disse Lula em Kuala Lumpur antes de ir ao jantar de gala da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês). — O que nós estabelecemos é uma regra de negociação, e, toda vez que tiver uma dificuldade, eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone, eu tenho o telefone dele, nós vamos colocar as equipes para negociar. Com informações do portal O Globo.
Related Posts
Bolsonarista Paulo Figueiredo afirma que o ministro Luiz Fux “honra a toga” e não será alvo de sanções dos Estados Unidos
Nos EUA e junto a Eduardo Bolsonaro, Paulo Figueiredo defende sanções ao Brasil. (Foto: Reprodução) O apresentador Paulo Figueiredo, que mora nos Estados Unidos e, junto com Eduardo Bolsonaro, defende sanções ao Brasil por causa do julgamento de Jair Bolsonaro, divulgou diversos elogios ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux nessa quarta-feira (10). …
Primeira Turma do Supremo começa a julgar recurso de Bolsonaro e outros réus da trama golpista em 7 de novembro
Somente com todos os recursos julgados é que o tribunal decretará o início do cumprimento das penas impostas aos réus. Foto: Luiz Silveira/STF Somente com todos os recursos julgados é que o tribunal decretará o início do cumprimento das penas impostas aos réus. (Foto: Luiz Silveira/STF) O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal …
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo dizem que Procuradoria-Geral da República é lacaio de Alexandre de Moraes e apresentou denúncia fajuta
Recebemos pela imprensa a notícia de mais uma denúncia fajuta dos lacaios de Alexandre de Moraes na PGR, desta vez sob a alegação de “coação”. Sobre isso, vale esclarecer”, diz a nota. (Foto: Antonio Augusto/STF) O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo divulgaram uma nota em resposta a uma denúncia apresentada pela …
Urgência para anistia: governo sofre derrota, mas oposição tem “vitória pela metade”
Oposição não deve conseguir aprovar uma anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos no 8 de Janeiro. (Foto: Reprodução) Nos últimos dias, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou uma série de medidas para tentar evitar a aprovação da urgência do projeto da anistia na Câmara dos Deputados. Entre as …