Em seu voto, Moraes afirma que o ex-assessor divulgou as conversas para “criar ambiente de intimidação”.
Foto: Reprodução/Instagram
Em seu voto, Moraes afirma que o ex-assessor divulgou as conversas para “criar ambiente de intimidação”. (Foto: Reprodução/Instagram)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nessa sexta-feira (7) para tornar réu Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele é acusado de agir contra a legitimidade do processo eleitoral e atuar para prejudicar as investigações de atos antidemocráticos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional; coação no curso do processo; obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Tagliaferro está na Itália, onde o Brasil iniciou um processo de extradição contra ele.
O julgamento que pode tornar o ex-assessor réu ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico até o dia 14.
A Procuradoria afirmou ao Supremo que Tagliaferro vazou à imprensa e tornou públicos diálogos sobre assuntos sigilosos, que manteve com servidores do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral na condição de assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
“(Fez isso) para atender a interesses ilícitos de organização criminosa responsável por disseminar notícias fictícias contra a higidez do sistema eletrônico de votação e a atuação do STF e TSE”, disse a PGR.
Na avaliação de Paulo Gonet, os indícios reunidos pela Polícia Federal indicam que ele atuou para atender interesses pessoais e ainda de um grupo que age contra a democracia. Nas redes sociais, Tagliaferro tem destacado apoio de bolsonaristas.
“Os elementos não deixam dúvida de que o denunciado, alinhado às condutas da organização criminosa responsável pela tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, bem como à divulgação de informações falsas, revelou informações confidenciais que obteve em razão do cargo ocupado, com o fim de obstruir investigações e favorecer interesse próprio e alheio”, afirmou o procurador.
“O anúncio público recente (30.07.2025), em Estado estrangeiro, da intenção de revelar novas informações funcionais sigilosas, lançando, inclusive, campanha de arrecadação de recursos para financiar o seu intento criminoso, atende ao propósito da organização criminosa de tentar impedir e restringir o livre exercício do Poder Judiciário”, escreveu o chefe do Ministério Público Federal.
“Está clara a adesão ao objetivo de incitar novos atos antidemocráticos e provocar disseminação de notícias falsas contra a Suprema Corte”, concluiu o MPF.
https://www.osul.com.br/ministro-alexandre-de-moraes-vota-para-tornar-reu-seu-ex-assessor-acusado-de-vazar-mensagens/ Alexandre de Moraes vota para tornar réu Eduardo Tagliaferro, seu próprio ex-assessor no Tribunal Superior Eleitoral 2025-11-07
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Alexandre de Moraes vota para tornar réu Eduardo Tagliaferro, seu próprio ex-assessor no Tribunal Superior Eleitoral
Em seu voto, Moraes afirma que o ex-assessor divulgou as conversas para “criar ambiente de intimidação”.
Foto: Reprodução/Instagram
Em seu voto, Moraes afirma que o ex-assessor divulgou as conversas para “criar ambiente de intimidação”. (Foto: Reprodução/Instagram)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nessa sexta-feira (7) para tornar réu Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele é acusado de agir contra a legitimidade do processo eleitoral e atuar para prejudicar as investigações de atos antidemocráticos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional; coação no curso do processo; obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Tagliaferro está na Itália, onde o Brasil iniciou um processo de extradição contra ele.
O julgamento que pode tornar o ex-assessor réu ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico até o dia 14.
A Procuradoria afirmou ao Supremo que Tagliaferro vazou à imprensa e tornou públicos diálogos sobre assuntos sigilosos, que manteve com servidores do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral na condição de assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
“(Fez isso) para atender a interesses ilícitos de organização criminosa responsável por disseminar notícias fictícias contra a higidez do sistema eletrônico de votação e a atuação do STF e TSE”, disse a PGR.
Na avaliação de Paulo Gonet, os indícios reunidos pela Polícia Federal indicam que ele atuou para atender interesses pessoais e ainda de um grupo que age contra a democracia. Nas redes sociais, Tagliaferro tem destacado apoio de bolsonaristas.
“Os elementos não deixam dúvida de que o denunciado, alinhado às condutas da organização criminosa responsável pela tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, bem como à divulgação de informações falsas, revelou informações confidenciais que obteve em razão do cargo ocupado, com o fim de obstruir investigações e favorecer interesse próprio e alheio”, afirmou o procurador.
“O anúncio público recente (30.07.2025), em Estado estrangeiro, da intenção de revelar novas informações funcionais sigilosas, lançando, inclusive, campanha de arrecadação de recursos para financiar o seu intento criminoso, atende ao propósito da organização criminosa de tentar impedir e restringir o livre exercício do Poder Judiciário”, escreveu o chefe do Ministério Público Federal.
“Está clara a adesão ao objetivo de incitar novos atos antidemocráticos e provocar disseminação de notícias falsas contra a Suprema Corte”, concluiu o MPF.
https://www.osul.com.br/ministro-alexandre-de-moraes-vota-para-tornar-reu-seu-ex-assessor-acusado-de-vazar-mensagens/
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2025-11-07
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