Em níveis diferentes, o presidente da Câmara, Hugo Motta, o ex-presidente da Casa Arthur Lira, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, enfrentam dificuldades.
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Em níveis diferentes, o presidente da Câmara, Hugo Motta, o ex-presidente da Casa Arthur Lira, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, enfrentam dificuldades. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Acordos construídos pelo PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ameaçam o futuro eleitoral dos principais líderes do Congresso.
Em níveis diferentes, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), enfrentam dificuldades para fechar acordos políticos em seus Estados.
Hoje, o cenário mais difícil se desenha nos casos de Lira e Ciro, que veem seus planos de candidaturas ao Senado esbarrarem na rivalidade com líderes regionais que são aliados de Lula. Em 2026, serão duas vagas por estado em disputa para a Casa.
Já Motta, com uma relação mais próxima do PT na Paraíba, está mais bem colocado para receber a bênção para emplacar o seu pai, o prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), como candidato a senador na chapa governista estadual.
Há, porém, forte concorrência de siglas aliadas, em processo no qual o partido de Lula pode favorecer outros nomes. Distante do presidente da República, Lira busca um acordo com o Palácio do Planalto e também com o bolsonarismo para que sua candidatura a senador não seja inviabilizada.
‘Já em processo de reeleição’: Hugo Motta diz que Lula está ‘caminhando’ para quarta vitória nas urnas O MDB, forte no estado, tenta emplacar dois candidatos a senador, o que pode deixar Lira de fora e, além disso, há a possível entrada do deputado bolsonarista Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPI do INSS, na corrida pela vaga, nome considerado forte para a disputa.
Diante disso, o governo Lula não fez nenhuma sinalização a Lira ainda e tem deixado o MDB, de quem é aliado, tomar as rédeas dos acordos.
Em pesquisas locais, a disputa ao Senado é liderada por Renan Calheiros (MDB), seguido por Davi Davino (Republicanos) e Gaspar. Lira só aparece em quarto. O ex-presidente da Câmara é relator da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, pauta cara ao governo, e o seu partido, o PP, já indicou trabalhar para fazer mudanças no texto na direção contrária do que o Planalto desejaria, como mexer nos critérios de compensações fiscais.
Além disso, ele construiu acordo com bolsonaristas para destravar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que acabou arquivada no Senado.
Diante das dificuldades para concorrer a senador, é apontada a possibilidade de Lira tentar se reeleger deputado para depois articular a volta à presidência da Câmara em 2027. O deputado do PP descarta esse cenário.
Por sua vez, um dos principais aliados de Motta e presidente do partido de Lira, Ciro Nogueira, é o único dos três que se classifica abertamente como oposição a Lula e ao PT. O senador se elegeu com o apoio do PT em 2018, mas migrou para o bolsonarismo e, sem estar na chapa governista, agora tem o futuro mais ameaçado.
Um acordo no Piauí fechado entre PT, PSD e MDB para as duas vagas para o Senado e para a vaga para governador dificulta os planos do presidente do PP.
Ciro é também quem mais tem articulado contra o governo. Ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele procurou influenciar na aprovação de pautas como a PEC da Blindagem e da anistia e também pressiona para que outros partidos do Centrão se unam em torno de um mesmo candidato contra Lula em 2026.
Com as dificuldades no Estado, o senador tenta se projetar nacionalmente e se viabilizar como candidato a vice-presidente. Procurado, o presidente do PP disse que seu plano A é concorrer à reeleição a senador.
Algumas pesquisas locais mostram o senador Marcelo Castro (MDB) e o deputado Júlio César (PSD) à frente. Mas Ciro cita seus próprios levantamentos:
“Estou disparado nas pesquisas no Piauí para o Senado”.
No caso de Hugo Motta, apesar da boa relação com o PT, a construção de um acordo ainda precisa passar por acertos. A montagem da chapa para senador tem provocado divergências.
Já há acordo adiantados, por exemplo, para o PP indicar o candidato a governador do grupo governista, que deve ser o atual vice-governador Lucas Ribeiro, e o PSB indicar uma das vagas ao Senado, com o governador João Azevedo.
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Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Em níveis diferentes, o presidente da Câmara, Hugo Motta, o ex-presidente da Casa Arthur Lira, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, enfrentam dificuldades. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
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Em níveis diferentes, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), enfrentam dificuldades para fechar acordos políticos em seus Estados.
Hoje, o cenário mais difícil se desenha nos casos de Lira e Ciro, que veem seus planos de candidaturas ao Senado esbarrarem na rivalidade com líderes regionais que são aliados de Lula. Em 2026, serão duas vagas por estado em disputa para a Casa.
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Há, porém, forte concorrência de siglas aliadas, em processo no qual o partido de Lula pode favorecer outros nomes. Distante do presidente da República, Lira busca um acordo com o Palácio do Planalto e também com o bolsonarismo para que sua candidatura a senador não seja inviabilizada.
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Além disso, ele construiu acordo com bolsonaristas para destravar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que acabou arquivada no Senado.
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Por sua vez, um dos principais aliados de Motta e presidente do partido de Lira, Ciro Nogueira, é o único dos três que se classifica abertamente como oposição a Lula e ao PT. O senador se elegeu com o apoio do PT em 2018, mas migrou para o bolsonarismo e, sem estar na chapa governista, agora tem o futuro mais ameaçado.
Um acordo no Piauí fechado entre PT, PSD e MDB para as duas vagas para o Senado e para a vaga para governador dificulta os planos do presidente do PP.
Ciro é também quem mais tem articulado contra o governo. Ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele procurou influenciar na aprovação de pautas como a PEC da Blindagem e da anistia e também pressiona para que outros partidos do Centrão se unam em torno de um mesmo candidato contra Lula em 2026.
Com as dificuldades no Estado, o senador tenta se projetar nacionalmente e se viabilizar como candidato a vice-presidente. Procurado, o presidente do PP disse que seu plano A é concorrer à reeleição a senador.
Algumas pesquisas locais mostram o senador Marcelo Castro (MDB) e o deputado Júlio César (PSD) à frente. Mas Ciro cita seus próprios levantamentos:
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No caso de Hugo Motta, apesar da boa relação com o PT, a construção de um acordo ainda precisa passar por acertos. A montagem da chapa para senador tem provocado divergências.
Já há acordo adiantados, por exemplo, para o PP indicar o candidato a governador do grupo governista, que deve ser o atual vice-governador Lucas Ribeiro, e o PSB indicar uma das vagas ao Senado, com o governador João Azevedo.
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2025-09-29
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