Aliados denunciam “perseguição política”, enquanto o ex-presidente enfrenta problemas de saúde e restrições impostas pelo STF. (Foto: Ton Molina/STF)
A saúde de Bolsonaro voltou a gerar preocupação em outubro, quando seu médico, Cláudio Birolini, relatou crises recorrentes de soluços e vômitos, agravadas por longas conversas ou momentos de exaltação. Segundo aliados, o ex-presidente chegou a passar noites debilitado e alternando períodos de silêncio com breves diálogos de teor político.
Em meados de outubro, a defesa solicitou permissão ao STF para a realização da festa de 15 anos da filha, Laura Bolsonaro, em Brasília. O pedido, apresentado como um “almoço de cunho familiar”, buscava reunir amigos e parlamentares próximos da família, como a senadora Damares Alves (Republicanos).
O descumprimento dessas regras foi justamente o que motivou a prisão domiciliar. Em julho, Moraes entendeu que um vídeo divulgado na conta do senador Flávio Bolsonaro, com mensagem do pai a apoiadores, violava a ordem judicial. O episódio levou à determinação de reclusão domiciliar e à reação imediata de aliados no Congresso, que chegaram a ocupar o plenário em protesto.
Reação
Com o passar dos meses, a narrativa de que Bolsonaro é vítima de perseguição política se consolidou entre apoiadores. No dia em que completou 100 dias de prisão, deputados e ex-ministros publicaram mensagens nas redes sociais em defesa do ex-presidente.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que “Maduro fez escola”, e que “o único jeito de impedir a vitória de Bolsonaro é prendendo ou matando”. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) escreveu que o pai está “preso e censurado sem acusação ou sentença”.
O ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem classificou a medida como “ordem absurdamente ilegal de um regime de exceção”, enquanto o deputado federal e ex-ministro da Saúde de Bolsonaro Eduardo Pazuello (PL-RJ) afirmou que Bolsonaro é tratado “como inimigo de Estado”. Padre Kelmon, candidato a presidente em 2022, por sua vez, lamentou os “cem dias sem o direito de falar” do ex-presidente.
O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) pediu “anistia já” e o ex-ministro Gilson Machado Filho afirmou que Jair Bolsonaro passou “100 dias preso, sem cometer crime algum”.
A defesa de Bolsonaro mantém o discurso de que o ex-presidente tem colaborado com a Justiça e pede a revisão da prisão domiciliar, alegando que as restrições são desproporcionais. Moraes ainda não se manifestou sobre os novos pedidos. (Com informações do jornal O Globo)
https://www.osul.com.br/crises-de-saude-e-articulacao-politica-os-100-dias-de-bolsonaro-em-prisao-domiciliar/ Crises de saúde e articulação política: os 100 dias de Bolsonaro em prisão domiciliar 2025-11-11
Pesquisa mostra que 66% dos eleitores de Lula discordam da frase “os traficantes também são vítimas dos usuários”. (Foto: Ricardo Stuckert/PR) As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre segurança pública foram desaprovadas pela maioria dos eleitores, inclusive entre seus próprios apoiadores. De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nessa quarta (12), cerca de …
O encontro entre Lula e Trump, ainda que breve e informal, foi construído sob absoluto sigilo a fim de evitar sabotagens. (Foto: Reprodução) O encontro entre Lula e Trump, ainda que breve e informal, foi construído sob absoluto sigilo a fim de evitar sabotagens, em especial aquelas orquestradas pelo blogueiro Paulo Figueiredo e seu títere, …
“A pacificação do País, que é o desejo de todos nós, depende do respeito à Constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições, não havendo possibilidade de se confundir a saudável e necessária pacificação com a covardia do apaziguamento, que significa impunidade”, argumentou.
Mauro Vieira e Marco Rubio se reuniram na Casa Branca Foto: Divulgação/Itamaraty Mauro Vieira e Marco Rubio se reuniram na Casa Branca. (Foto: Divulgação/Itamaraty) Em declaração conjunta, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o representante de Comércio norte-americano, Jamieson Greer, informaram que …
Crises de saúde e articulação política: os 100 dias de Bolsonaro em prisão domiciliar
Aliados denunciam “perseguição política”, enquanto o ex-presidente enfrenta problemas de saúde e restrições impostas pelo STF. (Foto: Ton Molina/STF)
A saúde de Bolsonaro voltou a gerar preocupação em outubro, quando seu médico, Cláudio Birolini, relatou crises recorrentes de soluços e vômitos, agravadas por longas conversas ou momentos de exaltação. Segundo aliados, o ex-presidente chegou a passar noites debilitado e alternando períodos de silêncio com breves diálogos de teor político.
Em meados de outubro, a defesa solicitou permissão ao STF para a realização da festa de 15 anos da filha, Laura Bolsonaro, em Brasília. O pedido, apresentado como um “almoço de cunho familiar”, buscava reunir amigos e parlamentares próximos da família, como a senadora Damares Alves (Republicanos).
O descumprimento dessas regras foi justamente o que motivou a prisão domiciliar. Em julho, Moraes entendeu que um vídeo divulgado na conta do senador Flávio Bolsonaro, com mensagem do pai a apoiadores, violava a ordem judicial. O episódio levou à determinação de reclusão domiciliar e à reação imediata de aliados no Congresso, que chegaram a ocupar o plenário em protesto.
Reação
Com o passar dos meses, a narrativa de que Bolsonaro é vítima de perseguição política se consolidou entre apoiadores. No dia em que completou 100 dias de prisão, deputados e ex-ministros publicaram mensagens nas redes sociais em defesa do ex-presidente.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que “Maduro fez escola”, e que “o único jeito de impedir a vitória de Bolsonaro é prendendo ou matando”. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) escreveu que o pai está “preso e censurado sem acusação ou sentença”.
O ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem classificou a medida como “ordem absurdamente ilegal de um regime de exceção”, enquanto o deputado federal e ex-ministro da Saúde de Bolsonaro Eduardo Pazuello (PL-RJ) afirmou que Bolsonaro é tratado “como inimigo de Estado”. Padre Kelmon, candidato a presidente em 2022, por sua vez, lamentou os “cem dias sem o direito de falar” do ex-presidente.
O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) pediu “anistia já” e o ex-ministro Gilson Machado Filho afirmou que Jair Bolsonaro passou “100 dias preso, sem cometer crime algum”.
A defesa de Bolsonaro mantém o discurso de que o ex-presidente tem colaborado com a Justiça e pede a revisão da prisão domiciliar, alegando que as restrições são desproporcionais. Moraes ainda não se manifestou sobre os novos pedidos. (Com informações do jornal O Globo)
https://www.osul.com.br/crises-de-saude-e-articulacao-politica-os-100-dias-de-bolsonaro-em-prisao-domiciliar/
Crises de saúde e articulação política: os 100 dias de Bolsonaro em prisão domiciliar
2025-11-11
Related Posts
Frase de Lula sobre traficantes é rejeitada por dois terços dos que se dizem lulistas
Pesquisa mostra que 66% dos eleitores de Lula discordam da frase “os traficantes também são vítimas dos usuários”. (Foto: Ricardo Stuckert/PR) As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre segurança pública foram desaprovadas pela maioria dos eleitores, inclusive entre seus próprios apoiadores. De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nessa quarta (12), cerca de …
“Química” entre Lula e Trump foi fruto do trabalho profissional de diplomatas e empresários do Brasil e dos Estados Unidos
O encontro entre Lula e Trump, ainda que breve e informal, foi construído sob absoluto sigilo a fim de evitar sabotagens. (Foto: Reprodução) O encontro entre Lula e Trump, ainda que breve e informal, foi construído sob absoluto sigilo a fim de evitar sabotagens, em especial aquelas orquestradas pelo blogueiro Paulo Figueiredo e seu títere, …
Ministro Alexandre de Moraes diz que “tentativas de obstrução não afetarão a imparcialidade” do Supremo
“A pacificação do País, que é o desejo de todos nós, depende do respeito à Constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições, não havendo possibilidade de se confundir a saudável e necessária pacificação com a covardia do apaziguamento, que significa impunidade”, argumentou.
Ministro das Relações Exteriores do Brasil e secretário de Estado dos EUA afirmam que “mantiveram conversas muito positivas”
Mauro Vieira e Marco Rubio se reuniram na Casa Branca Foto: Divulgação/Itamaraty Mauro Vieira e Marco Rubio se reuniram na Casa Branca. (Foto: Divulgação/Itamaraty) Em declaração conjunta, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o representante de Comércio norte-americano, Jamieson Greer, informaram que …