Em discurso, Boulos fez críticas à taxa de juros, queixa recorrente no segmento. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, fez aceno ao empresariado ao ser homenageado, na última segunda-feira (3), pela Esfera Brasil. Em discurso, fez críticas à taxa de juros, queixa recorrente no segmento. Mas também afagou a base ao mirar ataques na Faria Lima.
“O risco-país do México é 3 vezes o nosso. E o nosso juro é 5 vezes o deles. Como se justifica isso? É preciso começar a pensar o que o mundo está pensando. Às vezes, até o FMI já fala que o caminho não é austeridade. E a Faria Lima está com discurso do FMI dos anos 90”, declarou Boulos.
O foco na política monetária não foi à toa: há uma rixa entre setor produtivo e mercado financeiro porque muitos empresários avaliam que a Faria Lima especula com juros. A taxa nas alturas, por sua vez, torna mais caro investimento em produção.
Privatização
Nessa quarta (5), Boulos disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é contra a privatização da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais).
Em entrevista à Itatiaia, Boulos relatou que não houve exigência no Propag (Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados) sobre a venda da companhia.
“Zema (Romeu, governador de Minas Gerais) tem que assumir as responsabilidades por suas decisões. Ele decidiu privatizar a Copasa. Quero dizer que o governo federal não defende a privatização de saneamento. Somos contra, até porque, veja o que aconteceu: privatizaram a maior companhia de saneamento de água e esgoto da América Latina, que é a Sabesp, e sabe o que aconteceu? Piorou a qualidade do serviço e aumentaram as contas”, afirmou o ministro.
Segundo Boulos, a privatização de companhias de saneamento tende a aumentar a conta da população e diminuir investimentos no setor.
“Por isso, sou solidário aos trabalhadores do saneamento e ao povo de Minas Gerais, que está contra a privatização da Copasa. Se a privatização da Copasa fosse boa, como o governador Zema defende, por que ele teme fazer um referendo com a população e ouvir se o povo é a favor ou contra?”, questionou o ministro.
Ainda de acordo com Boulos, a decisão de Zema de privatizar a Copasa “atende muito mais a interesses da Faria Lima, de bancos que querem lucrar em cima do saneamento, do que garantir um serviço de qualidade para o povo de Minas Gerais”. (Com informações da Coluna do Estadão, de O Estado de S. Paulo, e da CNN Brasil)
https://www.osul.com.br/novo-ministro-de-lula-guilherme-boulos-fez-aceno-ao-empresariado/ Novo ministro de Lula, Guilherme Boulos fez aceno ao empresariado 2025-11-05
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Novo ministro de Lula, Guilherme Boulos fez aceno ao empresariado
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“O risco-país do México é 3 vezes o nosso. E o nosso juro é 5 vezes o deles. Como se justifica isso? É preciso começar a pensar o que o mundo está pensando. Às vezes, até o FMI já fala que o caminho não é austeridade. E a Faria Lima está com discurso do FMI dos anos 90”, declarou Boulos.
O foco na política monetária não foi à toa: há uma rixa entre setor produtivo e mercado financeiro porque muitos empresários avaliam que a Faria Lima especula com juros. A taxa nas alturas, por sua vez, torna mais caro investimento em produção.
Privatização
Nessa quarta (5), Boulos disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é contra a privatização da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais).
Em entrevista à Itatiaia, Boulos relatou que não houve exigência no Propag (Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados) sobre a venda da companhia.
“Zema (Romeu, governador de Minas Gerais) tem que assumir as responsabilidades por suas decisões. Ele decidiu privatizar a Copasa. Quero dizer que o governo federal não defende a privatização de saneamento. Somos contra, até porque, veja o que aconteceu: privatizaram a maior companhia de saneamento de água e esgoto da América Latina, que é a Sabesp, e sabe o que aconteceu? Piorou a qualidade do serviço e aumentaram as contas”, afirmou o ministro.
Segundo Boulos, a privatização de companhias de saneamento tende a aumentar a conta da população e diminuir investimentos no setor.
“Por isso, sou solidário aos trabalhadores do saneamento e ao povo de Minas Gerais, que está contra a privatização da Copasa. Se a privatização da Copasa fosse boa, como o governador Zema defende, por que ele teme fazer um referendo com a população e ouvir se o povo é a favor ou contra?”, questionou o ministro.
Ainda de acordo com Boulos, a decisão de Zema de privatizar a Copasa “atende muito mais a interesses da Faria Lima, de bancos que querem lucrar em cima do saneamento, do que garantir um serviço de qualidade para o povo de Minas Gerais”. (Com informações da Coluna do Estadão, de O Estado de S. Paulo, e da CNN Brasil)
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Novo ministro de Lula, Guilherme Boulos fez aceno ao empresariado
2025-11-05
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