O chefe da AGU reúne antes de mais nada a confiança absoluta do presidente Lula. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A anunciada aposentadoria de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) dá oficialmente a largada para sua sucessão com um candidato muito óbvio, que já larga muitos corpos a frente dos outros pretendentes.
Sucessões no STF são momentos de intensa especulação. Surgem nomes e possibilidades de todos os lados. Mas sobre a de Barroso é possível afirmar que nunca houve alguém com tamanho favoritismo na largada como o de Jorge Messias.
O chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) reúne antes de mais nada a confiança absoluta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Muito mais do que o ex-presidente do Congresso Rodrigo Pacheco ou Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU).
O critério da confiança e da lealdade norteou a escolha de Cristiano Zanin em 2023 e de Flávio Dino em 2024. Não foram poucas vezes em que Lula repetiu a aliados em conversas privadas que se arrependeu de ter escolhido Joaquim Barbosa, a quem não conhecia direito. Barbosa foi nomeado em 2003 e ainda no primeiro mandato do Lula assumiu a relatoria do Mensalão e virou uma espécie de algoz do PT. Por isso, Lula costuma dizer que não abre mão de indicar pessoas de sua confiança.
Nas duas indicações passadas, Lula assumiu o desgaste de não nomear uma mulher para as vagas justamente por causa dos critério de confiança e proximidade. A pressão era grande. De quase todos os lados.
Assim como havia também e haverá desta vez, pressões para a indicação de uma pessoa negra. Mas Lula repetia que não abriria mão de escolher alguém muito próximo — sugerindo, assim, que não havia mulheres ou pessoas negras que cumpririam esse requisito naqueles dois momentos.
Agora, a pressão tende a se repetir. E Lula reproduzirá o mesmo script: dirá que é o presidente que mais mulheres nomeou para as cortes superiores. Um discurso capenga. Mas assim será.
Messias cumpre também outros requisitos. É evangélico. Tem trânsito na bancada evangélica no Congresso. A indicação de Messias seria também um aceno a uma faixa da população que costuma rejeitar Lula.
Messias, além do conhecimento jurídico, é também respeitado no STF, onde tem um bom trânsito entre os ministros — embora dentro da Corte, Pacheco tenha mais um grupo destacado de apoiadores,
É claro que o poderoso presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre, vai trabalhar pesado pelo nome do senador Rodrigo Pacheco. Assim como Lula tem que pensar na governabilidade e, por isso, agradar Alcolumbre será sempre ser importante dentro do jogo político.
Tudo isso conta. Mas nada indica até agora que Lula vai mudar o critério que guiou as outras duas escolhas dele neste mandato. O da confiança, o critério da lealdade.
Diz um aliado muito próximo de Lula:
“Nunca houve um nome tão natural como o do Messias.” (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo)
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