Chico Rodrigues afirmou que legislatura do Congresso “ficaria marcada” se permitisse aprovação do projeto. (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
O senador Chico Rodrigues (PSB-RR), flagrado pela polícia com dinheiro escondido na cueca em 2020, se posicionou contra a aprovação da PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados. Em declaração no plenário do Senado na última quarta-feira (17), ele afirmou que o projeto “vai na contramão da história”.
A Câmara aprovou a proposta na noite de terça (16). Ela resgata a licença prévia, dispositivo que possibilita que o Congresso barre a abertura de processo criminal contra um de seus integrantes. Ele estava na Constituição de 1988 e foi retirado por meio de PEC aprovada em 2001.
Chico Rodrigues comentou o discurso do colega Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) contra a proposta. Veneziano se disse “surpreso” e “indignado” com a aprovação na Câmara e definiu a PEC como “uma violência, uma agressão, um atentado, uma provocação, um deboche que a Câmara impõe à sociedade brasileira”.
Chico Rodrigues o elogiou por seu posicionamento e também criticou o projeto, afirmando ter certeza que ele “não logrará êxito” no Senado. “Nós, acredito que a grande maioria dos senadores, temos consciência que essa PEC da Blindagem não vai elevar em nada, pelo contrário, a classe política brasileira e o Congresso Nacional”, disse.
Ele acrescentou que, se a Casa aceitasse a medida, “essa legislatura ficaria marcada por uma decisão que vai na contramão da história”.
Em 2020, Chico Rodrigues ficou afastado do Senado por cerca de quatro meses depois que escondeu R$ 33,1 mil na cueca durante uma abordagem da Polícia Federal. Ele era investigado em operação que apurava desvios de recursos de emendas parlamentares destinados ao combate à pandemia de covid-19. Na época, era vice-líder do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele foi alvo de uma representação no Conselho de Ética do Senado, que ainda tramita. Em julho de 2024, essa representação foi distribuída e Davi Alcolumbre (União-AP) foi designado relator. O processo não teve atualizações desde então.
Quando Chico Rodrigues reassumiu o mandato após o episódio, ele enviou um ofício aos parlamentares em que afirmava que o dinheiro era destinado ao pagamento de funcionários de uma empresa familiar. Segundo o senador, ele escondeu a quantia por “medo”, diante da “responsabilidade de ter de assegurar os recursos destinados ao pagamento dos funcionários”.
PEC
Depois da aprovação relâmpago na Câmara dos Deputados, o agora presidente do Senado, Davi Alcolumbre, descartou acelerar a tramitação e encaminhou a PEC à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na noite de quarta.
O presidente do colegiado, senador Otto Alencar (PSD-BA), já sinalizou resistência à proposta e afirmou que “essa PEC não passa de jeito nenhum”.
Mesmo se o texto receber parecer contrário na CCJ, ele pode seguir para votação no plenário do Senado. Para isso, é necessário o apoio de dois terços dos 81 senadores, em dois turnos. (Com informações de O Estado de S. Paulo)
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Ele acrescentou que, se a Casa aceitasse a medida, “essa legislatura ficaria marcada por uma decisão que vai na contramão da história”.
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PEC
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Mesmo se o texto receber parecer contrário na CCJ, ele pode seguir para votação no plenário do Senado. Para isso, é necessário o apoio de dois terços dos 81 senadores, em dois turnos. (Com informações de O Estado de S. Paulo)
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2025-09-19
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